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Diretor: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Elenco: Mel Gibson, Joaquin Phoenix, Rory Culkin, Abigail Breslin, Cherry Jones, M. Night Shyamalan, Patricia Kalember, Ted Sutton, Merritt Wever...
Gênero: Suspense
Ano: 2002
PaÃs: Estados Unidos
Duração: 106 min
Em 2017 eu escrevi uma série de textos, sendo que a maioria deles já está perdida há tempos. Três deles foram usados para preencher lacunas na maratona que me propus a fazer no mês no Halloween. Com o objetivo de não perder mais nenhum dos textos que escrevo, este blog foi criado. Na verdade, não somente com esse intuito, mas também para simplesmente compartilhar minha paixão pelos filmes. Não sou crÃtico e nem tenho a intenção de ser. Os textos que escrevo são apenas minha forma honesta de enxergá-los. Dito isso, dentre os textos perdidos, hoje acabei encontrando um sobre este filme em questão. Na verdade não é um texto em formato de resenha ou crÃtica, são apenas pontos que levantei que, à época, me chamaram atenção para o bem ou para o mal: são pontos positivos e negativos. Aliás, mais positivos que negativos. Uma revisão futura se fará necessária, e quando esse dia chegar, talvez eu escreva novamente sobre ele, dessa vez de forma diferente. Ou melhor, da forma como deve ser, padronizado com o tipo que costumo escrever quando venho ao blog publicá-los. Enfim, segue o texto - para, espero, nunca mais se perder.
SPOILERS:
Pontos positivos:
. Interessante notar que o filho de Graham sempre aparece ao lado do Tio ou do lado contrário; e a filha, por outro lado, sempre próxima a ele. O que sinaliza seu afastamento devido à culpa atribuÃda a seu pai por ter “deixado” sua mãe morrer no acidente. Isso é reforçado quando se vê o filho dizendo ao Tio que gostaria que ele fosse seu pai.
. Sinais pela casa, como o de um crucifixo na parede do quarto de Graham, indicam que, por mais que ele tenha perdido sua fé, de uma maneira ou de outra ela ainda permanece ao redor. Pode indicar que, por mais que tente rejeitar o Deus que deixou sua mulher morrer, essa fé que sempre esteve ao seu lado pode não ter sido completamente abandonada. Como uma pessoa que tenta rejeitar uma ideia qualquer, mas não consegue fazê-la totalmente senão por insegurança ou medo, por qualquer outra coisa que de alguma forma ainda o prende à quilo. Independente do que realmente seja, o que permeia de fato a cabeça de Graham é que não importa o que ele faça, Deus não irá lhe ajudar, e isso demonstra o quão difÃcil é esse combate espiritual interno.
. Após duras batalhas intra e interpessoais altamente emocionais, a famÃlia se vê unida quando os quatro integrantes se abraçam aos prantos num juntar. É só então que a casa começa a ser invadida, quando há finalmente o perdão e o trágico passado é deixado para trás. Mostrando que, agora que a famÃlia está finalmente unida, a luta contra o mal pode enfim acontecer... não há luta efetiva sem amor e união.
. Questões envolvendo o destino são trabalhadas pelo diretor durante toda a obra. Tudo acontece por um motivo e nada é aleatório. Enquanto acompanha a invasão alienÃgena que tem assolado o planeta, lembranças dolorosas surgem cada vez com mais intensidade à sua mente. Lembranças do momento em que vira sua esposa pela última vez antes de vir a falecer. Essas lembranças vêm em fragmentos e vão se intensificando à medida que a invasão vai ficando mais séria. Graham percebe, enfim, que tudo aconteceu por um único motivo: manter sua famÃlia unida. Ao final, após a criatura ter jogado um gás tóxico nas narinas de seu filho, Graham diz que esse é o motivo pelo qual o menino tem asma, que seria impossÃvel ser uma coincidência. Às vezes um mal acontece e o que se percebe é que ele viera a fim de um bem maior. Afinal todos esses transtornos envolvendo os alienÃgenas e seus problemas internos apenas acontecem para que no final ele recupere sua fé e sua famÃlia, unindo-os de maneira ainda mais forte do que antes.
. É um filme que, embora triste, é ainda mais leve que seus antecessores. É essa a cara que Shyamalan quis dar a esse seu projeto. E se encaixou como uma luva, pois é um humor até certo ponto discreto que se apresenta de forma visual ou em pequenos diálogos, servindo bem como alÃvio cômico em cenas mais emocionalmente densas.
Ponto negativo:
. Ainda com todas as metáforas, água é ainda água, e mataria todos os alienÃgenas de uma vez só caso houvesse uma tempestade, por exemplo. É um ponto simples, mas primordial, pois é o alicerce para que outros pontos sejam desenvolvidos, como metáforas sobre fé e religião, entretanto é um alicerce extremamente frágil, pois, independente dessas metáforas, os invasores continuaram sendo sensÃveis a ela. Portanto, conseguindo evitar esse deslize, “Sinais” arrancará verdadeiros sorrisos de alegria com suas cenas de suspense magistralmente criadas (a cena do porão é a melhor de todo o filme) e das piadas que vão aparecendo no decorrer da trama.
(Texto Escrito em 2017)
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