Nota: ★★★
Diretor: Osgood Perkins
Roteiro: Osgood Perkins, Stephen King
Elenco: Theo James, Tatiana Maslany, Christian Convery, Colin O'Brien, Elijah Wood, Rohan Campbell, Sarah Levy, Osgood Perkins...
Gênero: Terror, Comédia
Duração: 1 h 38 min
País: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá
A história, inspirada no conto homônimo de Stephen King, originalmente publicada na antologia "Tripulação de Esqueletos" em 1980, segue os irmãos Bill e Hal, que encontram um brinquedo bastante peculiar no sótão de sua casa. O brinquedo, um macaco segurando um tambor, que antes pertencera ao seu pai, esconde uma terrível maldição: sempre que seus tambores são tocados, uma pessoa é escolhida para morrer, de forma violenta e bizarra. Após algumas mortes ocorridas desde o achado do brinquedo, os irmãos resolvem livrar-se dele. No entanto, décadas depois, o macaco retorna, desencadeando uma nova onda de assassinatos, e os irmãos, agora distantes um do outro, se veem forçados a se reunirem para combater o brinquedo amaldiçoado e encontrar uma forma definitiva de destruí-lo.
Dirigido e escrito por Osgood Perkins, "O Macaco" segue uma direção completamente diferente de seus trabalhos anteriores, e mais distante ainda de seu último e melhor filme, “Longlegs - Vínculo Mortal” (2024). O filme opta por um estilo menos intimista, menos minimalista, com ritmo mais rápido e, talvez, mais dinâmico. As qualidades do longa envolvem a criatividade do diretor e roteirista (vale mencionar que Stephen King coescreveu o roteiro) na criação das mortes e da estética visual, que explora cenários escuros, os quais contribuem para o desenvolvimento das incertezas em torno do brinquedo e de como os irmãos irão lidar com a maldição.
Por outro lado, o roteiro recorre a soluções fáceis para problemas complexos e insere temas espinhosos, como relações familiares disfuncionais e perdas, sem se aprofundar em nenhum deles, mantendo-se na superfície durante toda a duração do longa, sem oferecer explicações mínimas e razoáveis sobre alguns dos temas que aborda. Inconsistências e falta de coesão também estão presentes, principalmente nas questões envolvendo o retorno do brinquedo e os motivos por trás disso, mesmo após décadas, além da relação de um dos irmãos, já adulto, com seu filho.
"O Macaco", portanto, exige certo esforço do espectador, visto que o roteiro não se empenha, por exemplo, em entregar coesão. Ainda assim, as mortes são divertidas e a história, intrigante. O elenco está bem, e há bastante diversão em meio a um humor negro bem desenvolvido. Sem contar que pode servir como incentivo para aqueles que ainda não conhecem bem a obra do mestre a buscar por ela, talvez através deste conto ou da antologia completa na qual ele se insere.
(Textos Curtos - Algumas Considerações)
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