Nota: ★★★
Diretor: Stephen Sommers
Roteirista: Stephen Sommers
Elenco: Treat Williams, Famke Janssen, Anthony Heald, Kevin J. O'Connor, Wes Studi, Derrick O'Connor, Jason Flemyng, Cliff Curtis, Clifton Powell, Trevor Goddard...
Duração: 1h 46 min
País: Estados Unidos, Canadá
Desenvolvido com um certo oportunismo, devido ao sucesso do filme de James Cameron, “Tentáculos” é um filme assumidamente B que se aproveita do clássico citado para se promover. Ao contrário do filme de Cameron, porém, o navio aqui em questão não colide contra um iceberg no oceano, mas sim contra um monstro gigante cheio de tentáculos emergido das profundezas.
Com a produção iniciada em 1996, seu lançamento nos cinemas ocorreu apenas dois anos depois, em 1998, ou seja, um ano após o lançamento de “Titanic”, o que, claro, gerou muitas críticas a respeito de tal oportunismo. Independentemente disso, a questão aqui é que o diretor, após ter se saído bem com seu filme anterior, “O Livro da Selva”, ganhou confiança do estúdio para produzir o que desejasse, e é então que temos este que é diversão pura para aqueles que decidirem relevar algumas falhas e apreciá-lo pelo que é, um filme assumidamente B.
Tudo começa com uma embarcação de piratas mercenários indo em direção ao luxuoso navio Argonáutica, onde apenas pessoas ricas estão se divertindo. O objetivo é executar um grande e audacioso roubo. Por causa do tamanho do navio, um plano muito bem elaborado foi criado, porém, o que ninguém esperava, nem mesmo a própria tripulação do Argonáutica, é que um monstro gigantesco invadiria a embarcação para se alimentar.
Evidente que este não é um filme que se preocupa com cenas elaboradas e visualmente bonitas cheias de virtuosismo, o objetivo não é nem de longe esse. Fiel ao que se propõe, o objetivo é a criação de cenas de ação divertidas com muito tiroteio, algumas mortes gráficas – como a de um sujeito que é engolido por um dos tentáculos e depois regurgitado – e bastante humor negro, dentro de uma história simples. As falhas existem, como erros de continuidade e cenas muito convenientes. No entanto, o que merece destaque e apreciação são justamente as cenas de terror e ação, que são sangrentas dentro da medida e são divertidas. Há uma cena, por exemplo, muito macabra em que os mercenários encontram um compartimento cheio de corpos regurgitados, em uma visão gore bem nojenta.
Com um elenco composto por rostos conhecidos (Famke Janssen veio a participar de “A Casa da Colina”, em 1999, por exemplo), o que também contribui para o resultado, Sommers acerta a mão aqui; o filme cumpre com o que promete: é divertido, apresenta boas mortes, uma boa e divertida interação entre os personagens, e um desfecho instigante desenvolvido como um gancho para uma possível continuação. No entanto, devido ao fracasso retumbante nas bilheterias (o filme sequer se pagou), o plano de levar adiante essa história foi deixado de lado.
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