quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Rota da Morte (Dead End, 2003)

 

 
Nota: ½
 
Diretor: Jean-Baptiste Andrea, Fabrice Canepa
Roteirista: Jean-Baptiste Andrea, Fabrice Canepa
Elenco: Ray Wise, Lin Shaye, Mick Cain, Alexandra Holden, William Rosenfeld, Amber Smith...
Duração: 1h 25 min
País: França

Um filme bastante desconhecido, porém muito interessante, “Rota da Morte” conta a história da família Harrington, que está em uma viagem de carro, na véspera do Natal, para passar as festividades com os familiares do outro lado do estado. No carro estão os pais, Frank (Ray Wise) e Laura (Lin Shaye), o filho Richard (Mick Cain), e a filha Marion (Alexandra Holden) e o namorado, Brad (William Rosenfeld). Viajando à noite para poupar tempo, Frank resolve, pela primeira vez, pegar um atalho. O que ele não esperava, no entanto, era encontrar inúmeros problemas ao longo da viagem.

Dead End” – no título original – é um filme bastante distinto, no qual a prioridade no suspense muitas vezes se intercala com o humor peculiar dos diretores e também roteiristas (Jean-Baptiste Andrea, Fabrice Canepa). Conforme a família percorre a estrada, Frank, já cansado, acaba cochilando ao volante, o que quase os faz colidir de frente com um o outro carro. Por sorte e agilidade, ele consegue desviar, acordando o restante da família que até então também estava dormindo. A partir disso, é quando tudo piora para a família. A estrada, cercada por árvores que somem no horizonte, em meio a uma noite escura, confere o cenário ideal para todo o desconforto que vem a seguir.

Recuperados do susto, eles seguem viagem até acharem estranho o fato de que estão dirigindo por horas, sem chegar a lugar algum; a paisagem é sempre a mesma, com a estrada cercada por árvores lúgubres e densas. E um dos grandes acertos dos roteiristas e diretores é elevar a tensão por meio dessa claustrofobia crescente. Aliado a isso, eventos no mínimo estranhos ajudam nessa construção.

O humor, por outro lado, é o ponto que pode soar deslocado aos olhos de alguns espectadores, pois pode surtir um efeito de diminuição da tensão construída. Vale ressaltar que este é um elemento bastante presente e que, algumas vezes, torna-se inclusive cartunesco. O peso do humor, no entanto, não pende tanto para esse lado ao ponto de descaracterizar todo o filme, que já tem desde seu início estabelecido esse elemento em seu propósito.

Por ser desconhecido, muitos não fazem ideia de quão tenso, incômodo e divertido é este filme, com um final que liga os pontos soltos e surpreende pelo que é mostrado. Como já dito, há alguns deslizes, como também algumas decisões de roteiro que podem incomodar, mas no geral o saldo é positivo; uma ótima adição a esse subgênero sobre estradas assombradas que vale muito a pena ser visto. 

 

(Textos Curtos - Algumas Considerações)

 

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